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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Reflexões


Queridos,

 

Fiquei bem reflexiva sobre alguns pontos de nosso dia a dia e quero compartilhar com vcs...

 

Estamos muito tensos pela rotina e cobranças de nossas vidas: carreira, vida acadêmica, amor, filhos, amigos.

 Nós sabemos disso...
 
E acontece de às vezes ficarmos em dúvida se estamos ou não no lugar certo.


Estou para dizer: Estamos!

 
Eu Janaina , sou responsável pelos conflitos quando orgulhamente faço uso da minha inteligencia para prejudicar meu semelhante... quando menosprezo as opiniões alheias que diferem das minhas...quando desrespeito os direitos alheios... quando cobiço aquilo que não é meu, principalmente aquilo que uma outra pessoa conseguiu honestamente... quando abuso de minha superioridade de posição privando outros de sua oportunidade de progredir... se acredito que outras pessoas devam pensar e viver da mesma maneira que eu... quando penso que sucesso depende exclusivamente de fama e riqueza...

 
E sou verdadeiramente responsável pela paz, se direciono correta e construtivamente os poderes da minha mente... se concedo ao meu semelhante o direto pleno de se expressar, de acordo com seu próprio entendimento das verdades da vida... se reconheço que meus direitos cessam quando se iniciam os direitos de outros... se faço uso dos poderes interiores para criar as minhas próprias oportunidades... se percebo que todo ser humano pode vir a ser um grato amigo, quando convencido pela argumentação sincera...

 

“se estou em paz, eu promovo a paz dos que me cercam. Por sua vez, eles promevem a paz daqueles que estão à sua volta e que também farão o mesmo. Então, a paz começa em mim! E sem ela não pode haver a necessária transformação social” Ralph Maxwell Lewis.

 

Tudo depende de nós!

 

As pessoas não mudam.  Nós é que temos o dever de mudar nosso comportamento diante dessa situação.

 

Bjocas carinhosas a todos!


 
 

 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Férias em familia....

Sabe o que é mais engraçado? Passamos um ano inteiro planejando uma viagem maravilhosa com a familia. Fizemos roteiro, tiramos passaporte para as crianças, enfrentamos filas e filas no Brasil...

Tanto eu como meu marido temos vários empregos, pois além dos nossos trabalhos, também damos aula em várias faculdades, ou seja, somos uns loucos.

Mas enfim, tudo pronto para a viagem!

Começou então a segunda etapa: a convivencia real com as crianças... Porque afinal, parecia claro que nossos filhos eram monitorados por "controle remoto", passando a maior parte do dia com  empregada ...

Agora teríamos que estar 24 horas por dia com eles. Que tal?(rs)

Equalizar roteiro da viagem, filhos e marido... Ah isso seria coisa de filme de terror...

E para melhorar a situação, como bons professores, tiraríamos férias quando? Sim! Em dezembro. Férias escolares!! Que beleza!

Ninguém estaria viajando nessa época não? Ou seja, tudo lotado. Mas o melhor ainda estaria por vir: NEVE!

Pois bem, resolvemos fazer Europa com as crianças (meu Deus, prendam esses loucos!).

Começamos por Amsterdam...

O lugar é maravilhoso, lindo mesmo! Tenho uma grande amiga que vive lá há pelo menos 10 anos. Ela tem um filho... Nossa ida foi fantástica!

Apesar de estarmos com as crianças, chegamos até a visitar o Red Light District, afinal de contas é um bairro e Amsterdam é pequena demais... se é que me entendem...

Para quem mora no Brasil e conhece a Major Sertório, Arouche, Av. Indianópolis, etc., notamos que aquela mulherada em vitrines se comportam bem demais. Acho até que elas precisam de um treinamento intensivo com as nossas... hehe

Mas aí aconteceu o que para as crianças foi o melhor: começou a nevar! O ínicio da neve chegou a ser bucólico... ela caia gentilmente, macia, branquinha... deu até vontade de chorar.

No dia seguinte iríamos para Lisboa.

O inverno é ótimo para se dormir. Dormimos como pedra.

Acordamos preguiçosamente, com 30 cm de neve na porta... as crianças acordaram e foram brincar na neve. O Ivan e eu, como não conhecíamos os impedimentos que estariam por vir, achamos ótimo. Mas com o passar das horas a pergunta mágica não quis calar: Como chegar ao aeroporto?

Ligávamos para o Schiphol e ninguém atendia. Ligávamos para KLM e nada. Queridos, o Ratinho e o Datena morreriam de inveja... a matéria estava lá e nenhum repórter local conseguia chegar... aff!

Ligamos para um taxi. Depois de muita insistência, um deles resolveu nos atender, mas após as 12hs, e nosso vôo estava marcado para 13.

Nessa situação, o negócio foi relaxar... você consegue? Eu não.

Chegamos ao aeroporto por volta das 15hs.

Fomos procurar alguém para nos ajudar. Ninguém. A única fonte de pesquisa, acreditem: facebook ou twitter.

Seria comico se não fosse tão tragico.

Estavamos em um país que não conhecíamos, com duas crianças, quatro malas e sem contato com ninguém.

Ficamos perdidos por cerca de duas horas. Aí encontrei uma fila. Isso parece familiar? Não tive dúvidas - entrei.

Lá estava eu, desesperada conversando com as pessoas da fila. Na minha frente um catalão, atrás um chines londrino, comigo meu marido. Então olha só: conversa em inglês com o chino, em castelhano com o catalão e em português com meu marido.

Quem me conhece sabe que tenho um lado Magda de ser... Magda do antigo "sai de baixo". O tico e o teco iriam fundir. Não deu outra - já estava eu falando em castelhano com o chino, em portugues com o catalão em em inglês com meu marido...

Bom, a KLM é uma empresa estatal. E agora, julho de 2011, depois de ter ficado presa em Buenos Aires por conta das cinzas do vulcão, acho que o posicionamento dela foi ótimo ...

Mas voltando à Schipol, por volta das 23hs, os funcionários da KLM, informavam na fila, que devíamos ir embora, pois eles estavam fechando e só retornariam dia seguinte, por volta das 6h.

E agora?

Queridos, não sei o quer fariam naquela situação, eu não arredei o pé. Fiquei na verdade P da vida.  O Ivan foi o mais calminho... rsrs

Dormimos naquela fila. Eu, Ivan, Felipe e Hadue. Com um olho aberto e outro fechado.

Bom, na verdade, dormi até o Ivan dormir... o restante da fila também.

No dia seguinte, muitas pessoas tentavam furar a fila (aquele povo fino, primeiro mundo, pode?) mas quem tem um marido como o meu, não precisa se preocupar com nada. (rsrsrsr)

Chegamos em nosso destino por volta das 13hs.

Atrasamos nossa viagem em um dia, mas essa etapa nos uniu para sempre.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Conflitos...

Querido leitor,

Estive ausente por um período considerável... Peço desculpas por isso, mas justifico-me: fiquei doente.

A loucura de nosso dia-a-dia faz com que percamos o “fio da meada”...

Estive ausente. Ausente do blog, ausente do trabalho, presente nos trabalhos, presente ausente...

Acredita que cheguei a bater o carro duas vezes?! Meu marido adorou... hehe

Essa coisa de trabalhar feito doido, não comer direito, não dormir, mata.

Se não mata, envelhece... O que talvez seja pior... Não sei.

Quem nunca passou por um momento de pressão? Quem não teve vontade de “matar um”?

Ai ai ai...

Eu tive uma crise de hipertireoidismo e meus batimentos cardíacos chegaram a 120 por minuto no repouso... Nenhum corpo aguenta isso por um longo período.

Eu tremia mais que “vara verde”... rs

Agora estou bem.

Comecei até a ler um livro sobre mudança de estilo de vida. Ó!

O livro começa dizendo que para viver bem, temos que dormir no mínimo sete horas por noite, que tal?

Conte-me: Quem consegue dormir sete horas por noite no mínimo? Criança não vale okay?

Será que isso não é correr atrás do vento? O que acha?

Eu particularmente, começo a achar que o tempo de nossos avós, apesar das dificuldades, a vida era bela...vivia-se melhor. A começar pelo fato de dormir as tais sete horas mínimas...

Minha avó viveu no interior.

Ela foi uma fofa! Adorava ira para lá... Diferentemente de mim, ela assistia à novela das oito... Depois tomava um chá ou um leitinho e cama.
Por volta das sete da manhã tudo recomeçava... Bom, acredito que dormia as tais horas mínimas.

Outra pessoa que já declarou que dorme, no mínimo, oito horas por dia, é a Gisele Bündchen... Chegou a dizer que esse era seu segredo.

Tenho um primo, Dudu, que também procura dormir junto com sua filhinha Laura, de um ano e meio... Por volta das 19hs e levanta cedinho. (Que inveja!!!... rsrs)

Mas, professor é um ser que foi feito para não dormir. Não dá.

Como é possível dormir, se existe um trabalho que inicia às 7hs da manhã até 16hs, depois para o segundo trabalho das 17h30 até 23h00?

Quando dormir?

Procuro chegar em casa entre 23h30 até 23h40 (e dá-lhe os pontos na carteira) e dormir às 23h50. (a louca! rs) Isso me permitirá acordar às 5h50. Vamos ver: seis horas. Bão? (Desse jeito mesmo, bãaaooo?)

E olha que isso não  me dará direito a ginástica. Outro problema do século XXI. Temos que nos exercitar a todo o momento. Pelo menos 150 minutos semanais. (quantas horas dá isso??)

Bom, força menina! O que mais devo fazer? Estou quase lá: seis horas de sono, não fumo, não bebo, só tenho tempo para fazer ginastica (45 minutos) sexta, sábado e domingo. Que tal?
Até aí tudo bem, agora falemos um pouco sobre alimentação. Percebi que tudo o que comemos pode ser um agravante em nossa vida. Nós mulheres sofremos viu! Até porque a temos que trabalhar em jornada dupla, ser inteligente, bonita, atraente e... magra. Aff. (Ehhh pretensão!)

Somos regidas pelos hormônios.
Percebe-se isso mais facilmente na tensão pré-menstrual (TPM). hehehe
Mas os hormônios regem toda a nossa vida. Me conte, como pode uma glandulazinha na garganta, fazer com que nosso corpo não se aguente em pé. Como???

E tudo o que comemos tem hormônio ou altera o nosso.

A saída: voltar ao inicio. As plantações e a criação não utilizavam nada que alterasse geneticamente sua composição. Estamos buscando os orgânicos. O natural. Tudo o que tem pai, mãe e paste. Sim, isso mesmo, coma grama. Sem agrotóxico. rs

Temos que dar um fim aos salgadinhos industrializados, ao refrigerante, à gordura hidrogenada... Isso tudo não tem pai e mãe. É gerado industrialmente, entende?

Meus queridinhos acabei de completar 39 anos. Corpinho de 38! Cabeça de 28. Na verdade vou morrer com 120. Então fala sério! Sou um bebê... rssrs

Morrerei com 120 anos e lúcida. Então tenho que arregaçar as mangas!

Estou fazendo uma reviravolta em minha casa.

Olha só: levei meu filho ao pediatra há uns trinta dias atrás, pois ele estava com crise asmática. No que fizemos exame de glicemia, adivinhem: 112! Jesus, eu tenho 70 de glicemia, como pode? Esse foi o meu maior questionamento. Mas era isso minha presença ausente...

Como estava trabalhando feito uma louca desvairada, meu filho estava jantando praticamente todos os dias, pizza.

Agora pergunto: Pizza tem pai, mãe e pasta (come grama)? Não.

Claro que ficaria doente.

Não tive dúvida: contratei uma funcionária que dormisse no emprego, passei a comprar tudo orgânico, coloquei horários, pronto.

Duas semanas depois, meu menino perdeu cinco quilos... Ainda não mensurei sua glicemia, mas certamente não estará em 112.

Percebem como somos reflexos do que comemos?

Eu mesma já perdi cerca de 10 quilos.... (bom, não foi só o fato de mudar de hábito, afinal um dos sintomas do hipertireoidismo é a perda de peso não é mesmo? Rsrsrs)

Mas, estou firme nesse propósito. Orgânicos! Estou com a bandeira levantada.

Chega de comida rápida! Quero ser mais devagar...
Será que dará certo?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dia a dia...

Estou por aqui conversando com minha mãe sobre educação. Ela nasceu em Campina do Monte Alegre, Estado de São Paulo. Naquela época ainda era sub-distrito de Angatuba.

Minha avó era analfabeta e meu avô músico auto-didata.

Entretanto a educação tinha uma outra conotação...

Minha mãe foi morar em Tatuí aos dois anos em Vila Esperança.  Aos cinco anos ingressou em uma escolinha e aos seis entrou na escola Modelo anexo ao Instituto de Educação Barão de Suruí e seguiu a educação no próprio Barão de Suruí até a terceira série ginasial. (Algo como o 8o. ano do fundamental)

No ginásio, ela aprendeu sobre assuntos que hoje não são abordados nas escolas tradicionais. Música, latim e francês.

Até hoje ela se lembra das declinações dos verbos em latim!

Hoje vemos que a educação decaiu imensamente. Os alunos chegam à faculdade escrevendo você com dois esses ou com cê cedilha. Não sei qual é o pior.

Muitas vezes a educação vem de escolas de renome... Isso sim é triste...

Janaina

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Dilema da Educação

Esse texto não será escrito segundo as normas ABNT. Não será redigido respeitando-se os preceitos acadêmicos. Esse texto será escrito segundo o coração de um professor.

O ensino, cada vez mais, vem tornando-se um negócio rentável. Rentável não para os professores, mas rentável do ponto de vista da mantenedora, que a cada dia vem inserindo mais e mais alunos para dentro da universidade sem a preocupação de este indivíduo estar apto a freqüentar um assento regular, ou não. Desta forma, os vestibulares estão a cada vez mais, tornando-se um processo ilustrativo, onde o candidato simplesmente paga uma taxa e é admitido.



De um lado, muitos dirão que a oportunidade está sendo abrangente, pois mais pessoas têm acesso à faculdade. Isso seria uma verdade absoluta se houvesse uma equalização desse aluno ao que é requerido para a graduação. Mas o que ocorre é exatamente o contrário.



Além deste aluno não ter um diapasão que o nivele para freqüentar as aulas, muitas vezes, o professor não pode aplicar o rigor da caneta, pois do contrário não haverá alunos para o próximo semestre. E isso acaba tornando-se uma bola de neve.



Como o negócio acadêmico tem que seguir seu curso, esse aluno, que não está preparado para encarar os desafios da universidade ganha o status de cliente. Agora a derradeira vem com toda a força, pois esse indivíduo, que está pagando por volta dos R$ 129,00 por mês, não está interessado em progredir, sendo que seu único interesse é a obtenção do diploma. Esse aluno tem agora nas mãos a possibilidade de avaliar seus professores.



Veja a dicotomia do assunto: mais ainda, o professor não pode exercer sua função. Sob a pena de ser demitido por ensinar, por cobrar melhoras, por exigir o melhor de seu aluno...



Além desse problema, a business faculty, vem buscando cada vez mais um retorno absurdo em seu investimento, e para isso, muitas vezes, demite o professor-mestre, ou professor-doutor, para contratar professores mais baratos. Ilustrarei o fato: o professor-mestre custa R$ 28,00 a hora-aula. O professor-especialista (que muitas vezes, nem sequer possue especialização), é contratado por R$ 10,00 a hora-aula. Ou seja, quanto mais o professor se prepara, se alimenta do saber, para poder transmitir ao aluno o melhor, corre o risco de perder seu posto para outro professor que se dispõe a ganhar menos. E como cobrar excelência desta forma? Ainda correndo o risco de ser demitido pela avaliação realizada pelo aluno?



Esses pontos fazem com que o professor beire a loucura, não é mesmo?

domingo, 5 de setembro de 2010

Expectativa do Professor quanto a inteligência do Aluno

Ao se falar em educação, um dos problemas elencados é a expectativa do professor quanto a inteligência do aluno, tema abordado nesse estudo. Esse ponto pode ajudar ou definir o aproveitamento do aluno, pois quando o professor espera um grande desempenho de seu aluno, se engaja para que este aprenda e o motiva a isso. Já quando o subestima, faz com que a desmotivação seja o ponto culminante para que este aluno desinteresse-se podendo chegar ao ponto de abandonar o curso. Tanto em ambientes presenciais como os virtuais, o sucesso do ensino dependerá da motivação tanto do professor, quanto do aluno e expectativa pode ser um grande começo.

Existe um mito muito conhecido de um hábil escultor chamado Pigmaleão que desiludido pelas mulheres foi viver só. Para conseguir suportar a solidão esculpiu uma mulher segundo seus devaneios de beleza e de tanto cuidado na elaboração dessa obra-prima, apaixona-se pela própria obra e a nomeia de Galatéia. Apaixonado implora à deusa Afrodite que faça com que conheça uma moça como aquela e foi concedido que a obra em pedra torne-se mulher de carne e osso, casa-se com ela e tem um filho.

A psicologia se apropriou dessa mitologia e denominou de efeito Pigmaleão àquele que se apaixona pelo objeto de desejo que construiu. O psicanalista Contardo Calligaris utilizou esse mito no âmbito escolar salientando "Quando os professores esperam um grande progresso de seus alunos, eles progridem duas vezes mais rapidamente. O desempenho do aluno é proporcional às expectativas do professor".

Diante disso, pode ser estarrecedor pensar que é possível mudar as atitudes, valores e conhecimento dos alunos para melhor, a partir da expectativa do professor.

De acordo com Silva (1992) no texto Mal formado ou Mal informado, tanto o médico como o professor podem matar. O primeiro mata seu paciente, o segundo mata a mente de seu aluno.

Ao se considerar que a expectativa do professor pode matar ou eliminar o hiato cultural existente entre professor-aluno, o primeiro passo é fazer com que este tenha consciência do efeito “pigmaleão”. É preciso incitá-lo a envolver-se profissionalmente, evitando obviamente ultrapassar o limite para não desvirtuar o aprendizado.

O psicólogo José Ernesto Bologna , especializado em desenvolvimento aplicado à educação, diz que o professor precisa desejar que o aluno tenha além do conhecimento. Abaixo se observa parte de sua entrevista:

O verdadeiro ganho é a autoconfiança cognitiva do aluno, ou seja, a consolidação da sua autoestima intelectual como um aprendiz competente e capaz. Essa consolidação não é apenas intelectual, mas também socioafetiva. Todos nós já sentimos a deliciosa emoção que se manifesta na relação [entre aluno-professor]: Eu estou sentindo o poder e a beleza de compreender, e meu mestre está satisfeito comigo, olhando-me com olhos de admiração. (BOLOGNA, J.E. O poder do Olhar. São Paulo: Revista [eletrônica] Educação – Edição 149. Entrevista concedida a Rachel Bonino)

Via de regra, quando o desempenho escolar é deficiente, assume-se que o problema foi gerado pelo aluno, contudo a relação se dá através do professor. Ele é o motivador na relação professor-aluno. Para Freire (2000), o professor pode utilizar-se das falas diretas e indiretas, ou seja, é um grande influenciador e tem que assumir seu papel social, buscando aproveitar o melhor da relação professor-aprendiz.

Claro que existem outras variáveis que interferem na motivação do professor à experimentação da “expectativa”, como falta de investimento na capacitação, os recursos deficientes para a pesquisa, os custos das universidades que ávidas por inserir grande quantidade de alunos deixam a qualidade em segundo plano. Isso tudo pode levar o professor a não estabelecer raízes à instituição nem tampouco aos alunos.

A autora deste trabalho tem um histórico interessante que ocorreu na quarta-série do ensino fundamental. Apesar de boa aluna, na hora da prova de matemática tinha “brancos”. Qualquer professor poderia entender que o problema do mau desempenho era uma problemática isolada da aluna, contudo aquela professora comportou-se de maneira diferenciada. Passou a incitar o conhecimento através da “expectativa”. Acreditou que o aluno, mesmo com todas as adversidades poderia se superar. A motivação, o incentivo, a determinação fizeram com que o aprendizado prevalecesse.

Demo (2000) expõe que é fundamental aprender a conviver com os limites buscando transformá-los em desafio, desta forma, precisamos aprender a ultrapassar as barreiras citadas acima, buscando valorizar o aluno e experimentar crer que eles podem nos dar mais do que esperamos e essa mudança deve partir dos professores.

Desta forma, espera-se que as dificuldades no ensino-aprendizagem sejam minimizadas através da expectativa pela inteligência do aluno por parte do professor.


A educação mundial está passando por mudanças e principalmente agora com o advento do ensino a distancia, a preocupação aumenta, pois o ensino vai além das quatro paredes e isso faz com que muitos conceitos tornem-se muito mais subjetivos. Quando pensamos no aprendizado propriamente dito, não podemos deixar de lado a expectativa do professor quanto a inteligência do aluno, pois pode ser um fator preponderante na aproximação professor-aluno e conseqüentemente no aprendizado.

É possivel perceber com esse trabalho que o maior motivador para essa nova postura é o próprio professor que poderá utilizar-se dessa ferramenta para motivar seu aluno a evoluir fazendo com que a relação professor-aluno torne-se muito mais gratificante.
(Janaina Macedo Calvo)
Referências bibliográficas



DEMO, Pedro. Introdução. In: ______. Conhecer e aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: ArtMed, 2000. p. 9-12.

FREIRE, Flavio. A interação professor-aluno e suas implicações pedagógica. Unopar Cient., Ciênc. Hum. Educ., Londrina, v. 1, n. 1, p. 115-121, jun. 2000. Disponivel em:

http://unopar.br/portugues/revista_cientificah/art_orig_pg115/body_art_orig_pg115.html . Acesso em 20 de novembro de 2009

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Mal-formado ou mal-informado. In:_____. Os (des)caminhos da escola: traumatismos educacionais. 4ed. São Paulo: Cortez, 1992, p. 23-27.

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12766 – Acesso em 20 de novembro de 2009